Algumas plantas têm um ciclo de vida muito peculiar: passam anos ou até décadas apenas crescendo antes de florescerem uma única vez e morrerem logo depois. Esse fenômeno é chamado de monocarpia ou monocarpismo.
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De acordo com o Serviço de Conservação de Recursos Naturais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a monocarpia é definida como o padrão de uma planta que vive vários anos apenas para concentrar todos os seus recursos em uma única floração e frutificação antes de morrer.
Conheça alguns exemplos de plantas que morrem após uma única floração pelo mundo
Bambus
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Muitos bambus tropicais e subtropicais seguem esse padrão. Algumas espécies, como o Phyllostachys bambusoides, podem viver de 60 a 120 anos antes de florescerem de forma sincronizada em vastas áreas, morrendo logo depois. Essa floração em massa pode ocorrer ao mesmo tempo em populações separadas por centenas de quilômetros, gerando grandes quantidades de sementes.
Agaves
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O agave azul, usado para produzir tequila, cresce por anos acumulando energia até emitir um único escapo floral que pode ultrapassar cinco metros de altura. Depois dessa floração, a planta morre.
Palmeira Talipot
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A palmeira talipot, nativa do sul da Ásia, é uma das maiores palmeiras do mundo. Ela pode viver até 80 anos antes de produzir a maior inflorescência ramificada conhecida, com milhões de flores, e então morrer.
Puya raimondii
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Essa bromélia gigante é nativa dos Andes e pode viver entre 80 e 150 anos antes de florescer. Sua inflorescência pode atingir até 10 metros de altura. Essa estratégia de floração única ajuda a sincronizar a reprodução em ambientes montanhosos e de clima rigoroso.
Plantas brasileiras que morrem depois de florescer
Embora os casos mais conhecidos de monocarpia sejam os bambus asiáticos, o Brasil também abriga espécies nativas que seguem esse padrão reprodutivo. De acordo com estudos da Embrapa Florestas, entre os exemplos mais comuns está o bambu Guadua, um gênero de bambus gigantes encontrados principalmente na Amazônia. Essas plantas formam densos bambuzais e, após a floração em massa, abrem clareiras na floresta, criando condições para a regeneração de outras espécies vegetais.
Outro exemplo é o Merostachy, um gênero presente no Cerrado e na Mata Atlântica. Esses bambus apresentam ciclos longos de vida, com florescimento sincronizado a cada 20 a 30 anos. Após frutificar, todas as plantas adultas morrem quase simultaneamente, liberando nutrientes no solo.
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