Ministro diz que vai buscar outros mercados para reduzir efeitos das tarifas dos EUA

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (10/7) que vai atuar de forma proativa ante a “indecente” ação do governo dos Estados Unidos de taxar em 50% as exportações brasileiras para tentar reduzir os efeitos negativos ao agronegócio brasileiro.

Leia também

Em nota, Fávaro disse que vai intensificar a busca por outros mercados para os produtos agropecuários brasileiros para minimizar os impactos do tarifaço norte-americano.

“Neste momento, vou reforçar essas ações, buscando os mercados mais importantes do Oriente Médio, do Sul Asiático e do Sul Global, que têm grande potencial consumidor e podem ser uma alternativa para as exportações brasileiras”, afirmou o ministro. “As ações diplomáticas do Brasil estão sendo tomadas em reciprocidade. As ações proativas acontecerão aqui no Ministério da Agricultura, para minimizar os impactos”, completou.

No pronunciamento, Fávaro relatou que telefonou nesta quinta-feira para as principais entidades representativas dos setores mais afetados pela medida de Donald Trump, como os exportadores de suco de laranja, de carne bovina e de café. O objetivo, segundo o ministro, foi debater ações já em curso, como a ampliação de mercados e a redução de barreiras comerciais.

“Aqui é a casa da agropecuária brasileira. Estamos juntos e vamos superar este momento difícil”, completou.

Divergências

Fávaro divergiu de posicionamentos de lideranças do setor produtivo e da bancada ruralista e disse que o momento não é de “cautela”, diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos, mas de proatividade.

“Enquanto alguns comemoram, vamos trabalhar pelo produtor”, disse a jornalistas na saída do Ministério da Agricultura nesta quinta-feira. “Nada de cautela, reciprocidade não é cautela. [Precisamos] ser proativos”, completou ao ser questionado qual deveria ser a postura do governo neste momento.

Nessa quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em postagem nas redes sociais, que o Brasil pode aplicar a Lei da Reciprocidade Econômica para retaliar os Estados Unidos. Sancionada em abril, a legislação sequer foi regulamentada até agora.

O ministro reafirmou que vai trabalhar para buscar novas aberturas e ampliações de mercado, bem como a redução de tarifas, para “fazer negócio com quer negociar” com o Brasil.

Ontem, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) disse, em nota, que “o momento de cautela, diplomacia afiada e presença ativa do Brasil na mesa de negociações”.

Fonte


Publicado

em

por

Tags:

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *