O empresário Idirley Alves Pacheco, 40 anos, se entregou na Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) na manhã desta segunda-feira (14). Ele é suspeito de ter assassinado a tiros o ex-jogador da Seleção Brasileira de Vôlei, Everton Pereira Fagundes da Conceição, de 45 anos, conhecido como “Boi”, em Cuiabá, na quinta-feira (10).

Ele estava sendo procurado desde o dia do crime, e, neste domingo, a Justiça decretou a prisão preventiva dele.
A suspeita é que o crime tenha sido passional, já que foi a própria mulher do empresário que informou a polícia que ele havia sequestrado o ex-jogador.
A ex-mulher do suspeito estava no início de um relacionamento com a vítima, o que teria gerado ciúmes em Idirley.
O crime
Everton foi morto a tiros na última quinta-feira (10), nas proximidades do posto Bom Clima, no bairro República do Líbano.

De acordo com o delegado Rogério Gomes Rocha, as investigações apontam que o crime foi premeditado. Everton e o suspeito eram amigos, e Idirley teria se aproveitado da relação de confiança para atrair a vítima a uma emboscada.
O empresário pediu para que Everton dirigisse sua caminhonete Amarok até um local não revelado, sob o pretexto de guardar o veículo. Durante o trajeto, Idirley sacou uma arma, ordenou que o ex-jogador parasse o carro e passou para o banco de trás, mantendo uma arma apontada para a cabeça da vítima enquanto indicava o caminho a ser seguido.

Ainda dentro do veículo, o suspeito efetuou diversos disparos contra Everton, atingindo-o pelo menos três vezes. A caminhonete ficou desgovernada e colidiu com uma picape F350. Policiais militares que passavam pela região testemunharam o acidente e encontraram a vítima já ferida na cabeça. O Samu foi acionado e confirmou a morte no local.
Uma testemunha que conduzia a F350 afirmou ter visto o passageiro da Amarok atirar contra o motorista e, em seguida, pular do veículo em movimento antes de fugir em outro carro.