Mendes classifica Trump como “meio louco” e defende diplomacia em guerra comercial

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) voltou a comentar nesta terça-feira (15) a tarifa de 50% imposta pelo presidente americano Donald Trump aos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. 

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Em entrevista nesta noite, Mendes classificou o líder norte-americano como “meio louco”, mas destacou a necessidade de o Brasil agir com “humildade” e “competência” para evitar prejuízos à economia.
O governador afirmou que, embora considere Trump imprevisível, ele age em defesa dos interesses americanos. “(…) O presidente Trump todo mundo conhece, é meio louco. Já fez aí coisas inimagináveis em termos de comércio internacional. Mas é o presidente do maior país do planeta, a maior economia do planeta. E ele tem o direito e o dever de defender os interesses americanos.”
Mendes foi questionado se a aplicação da Lei da Reciprocidade deveria ser uma das vias a ser adotada pelo governo brasileiro e disse que o momento exige diplomacia para evitar confrontos que possam prejudicar ainda mais as exportações brasileiras.
Ele alertou que o Brasil não deve devolver as sanções “na mesma moeda”, citando o exemplo da China, que ele disse que inicialmente retaliou, mas depois optou por negociações diplomáticas.
“A China tentou isso. A China, que é a segunda maior economia do planeta, tem uma interdependência muito forte com os EUA. Trump dobrava e os chineses dobravam e foi indo até que a China falou ‘esse cara não vai ter fim’. Parou e foi pra diplomacia e tá conseguindo resolver os problemas”. 
Mendes disse também que “não é hora de piadinhas ou ideologias”, em referência indireta a declarações de outros políticos brasileiros. Ele defendeu que o governo Lula (PT) priorize uma solução técnica e pragmática.
“Não pode o presidente Lula bater cabeça, não podem os nossos principais líderes ficarem batendo cabeça e não saberem o que fazer numa hora dessa. Tem que ter humildade, tem que ter competência, tem que saber o que fazer para não deixar prejudicar as exportações brasileiras, o agronegócio, os empregos e a economia do país.”

 

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