Mato Grosso se destaca mais uma vez no cenário agropecuário nacional, agora como o maior produtor de arroz de sequeiro do Brasil — também conhecido como arroz de terras altas. Os dados estão no Anuário Brasileiro do Arroz 2025, publicado pela Editora Gazeta com base em levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Na safra 2023/24, o estado alcançou uma produção de 337,6 mil toneladas do cereal exclusivamente no sistema de sequeiro, superando outras unidades da federação nessa modalidade, que dispensa irrigação e é mais comum em áreas centrais do país.

O destaque também se estende à expansão da área plantada: Mato Grosso registrou um crescimento de 17,3% nas lavouras de arroz, totalizando 112,5 mil hectares cultivados — o segundo maior avanço no país.
O desempenho positivo reflete uma tendência nacional de recuperação no setor. Após dois ciclos seguidos de retração, o Brasil registrou aumento de 8,7% na área plantada, atingindo 1,61 milhão de hectares. A produção total de arroz também subiu 5,5%, chegando a 10,6 milhões de toneladas, mesmo com uma leve queda de 2,9% na produtividade por conta de adversidades climáticas em algumas regiões.
Para a secretária adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Linacis Silva Vogel Lisboa, o avanço de Mato Grosso na produção de arroz de sequeiro vai além dos bons números. Segundo ela, a cultura representa uma alternativa estratégica de diversificação agrícola e geração de renda no campo.
“É um avanço na diversificação da produção do estado. Trabalhar essa diversificação aumenta a renda e gera uma nova oportunidade de rentabilidade para o produtor. O arroz de sequeiro vem justamente como uma das culturas de 2ª e 3ª safra e fortalece a rentabilidade do produtor”, pontuou.
Com esse desempenho, Mato Grosso reforça seu papel não apenas como potência do agronegócio, mas também como referência em inovação e adaptação produtiva, apostando em sistemas mais sustentáveis e integrados.