Saiba o perfil de eleitor que deu fôlego a Lula em nova pesquisa após tarifaço de Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou fôlego na crise de popularidade após o anúncio de tarifas a produtos do Brasil pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 16.

Pela primeira vez em um ano, houve queda na diferença porcentual entre os que desaprovam e os que aprovam o governo do petista. Desde a rodada anterior, em maio, a desaprovação caiu quatro pontos porcentuais, indo de 57% para 53%, enquanto a aprovação cresceu três, indo de 40% para 43%.

A melhora nos índices de aprovação foi mais intensa entre eleitores com renda média, que cursaram o ensino superior e residentes da região Sudeste.



Lula durante Cúpula dos Brics; após 'tarifaço' dos Estados Unidos, aprovação do governo cresceu entre classe média, mais escolarizados e residentes da região Sudeste, aponta pesquisa Genial/Quaest
Lula durante Cúpula dos Brics; após ‘tarifaço’ dos Estados Unidos, aprovação do governo cresceu entre classe média, mais escolarizados e residentes da região Sudeste, aponta pesquisa Genial/Quaest

Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

O levantamento da Genial/Quaest entrevistou 2.004 pessoas de forma presencial entre os dias 10 e 14 de julho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%.

Entre eleitores com renda familiar de dois a cinco salários mínimos, a aprovação ao governo cresceu quatro pontos porcentuais, indo de 39% a 43% desde a rodada anterior, enquanto a desaprovação recuou seis, indo de 58% a 52%. Os índices já estavam em tendência de queda desde março.

Entre entrevistados que cursaram o ensino superior, a aprovação de Lula cresceu 12 pontos porcentuais desde maio, indo de 33% a 45%. A desaprovação retraiu nove pontos porcentuais, de 64% a 53%. A nova rodada aponta para uma inversão da tendência apresentada pelo segmento em levantamentos anteriores da Genial/Quaest. Entre outubro de 2024 e março de 2025, a avaliação do petista entre os eleitores mais escolarizados piorou de forma sucessiva.

Lula apresentou melhora em seus índices de aprovação entre eleitores do Sudeste, a região mais afetada caso as tarifas entrem em vigor. Segundo levantamento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), em 2024, o Sudeste foi responsável por mais de 70% das exportações brasileiras para os Estados Unidos.

Entre eleitores de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, a desaprovação de Lula recuou oito pontos porcentuais, indo de 64% para 56%, enquanto a aprovação cresceu oito pontos, indo de 32% para 40%.

Segundo a pesquisa Genial/Quaest, a maior parte dos brasileiros avalia que Trump não tem o direito de opinar sobre um processo da Justiça brasileira, como fez sobre a ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Embora Trump tenha citado o processo contra Bolsonaro ao anunciar tarifas ao Brasil, a maior parte dos entrevistados julga que a ação penal contra o ex-presidente não é a principal causa do “tarifaço”, e que Lula errou ao provocar Trump após uma sessão da Cúpula dos Brics, no Rio de Janeiro.

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