A bolsa de Chicago abriu esta quarta-feira com movimentação mista entre os principais grãos. A soja lidera os ganhos, seguido do milho, e o trigo inicia o dia em baixa, mesmo diante de notícias de menor oferta.
A soja apresenta recuperação, com os contratos com vencimento em agosto subindo 1,21%, cotados a US$ 10,0700 por bushel. O movimento de alta é impulsionado por compras de oportunidade por parte dos investidores e por um processamento recorde da oleaginosa nos Estados Unidos no mês de junho.
A alta é limitada pelas chuvas que caem hoje no meio-oeste americano, favorecendo o desenvolvimento das lavouras, e pela ausência de compras de soja norte-americana da safra 2025/26 por parte da China.
O milho para setembro registra alta de 0,87%, a US$ 4,0475 por bushel, estendendo o movimento de compras de cobertura observado nos últimos dias.
O mercado também reage ao acordo tarifário firmado ontem entre os Estados Unidos e a Indonésia, o que aumenta as expectativas por avanços em outras negociações comerciais antes de 1º de agosto, data prevista para o início das tarifas recíprocas entre países. Apesar da valorização, o avanço dos preços encontra resistência nas boas condições das lavouras norte-americanas, reforçadas por chuvas recentes nas principais regiões produtoras, além da entrada da safrinha brasileira no mercado.
Já o trigo opera em queda, mesmo com informações que indicam possíveis restrições na oferta global. Os contratos para setembro recuam 0,46%, negociados a US$ 5,3550 por bushel. Pesam sobre as cotações as boas condições climáticas no sul das Grandes Planícies dos Estados Unidos, que, apesar das chuvas, podem atrasar a colheita de inverno. Além disso, consultorias russas apontam menores rendimentos na colheita devido à seca em regiões como Rostov, reduzindo as estimativas de produção.
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