A retomada das exportações de arroz pela Índia pressionaram as cotações internacionais do cereal e dificultaram as vendas externas brasileiras. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz).
No primeiro semestre, o país exportou 389,2 mil toneladas de arroz beneficiado (base casca), 12,7% abaixo do volume reportado no mesmo intervalo de 2024. Em valor, as vendas externas somaram US$ 123,1 milhões, queda de 29,8%.
Os principais destinos, em termos de volume, foram Senegal, Gâmbia e Peru.
“Esse resultado é, entre outros fatores, reflexo da retomada das exportações de arroz pela Índia, que estavam suspensas desde 2022. O retorno desse importante exportador global ao circuito, em outubro do ano passado, impactou consideravelmente a competitividade do arroz brasileiro”, afirmou em nota Gustavo Trevisan, diretor de assuntos internacionais da Abiarroz.
O executivo ponderou que, a partir de março, com a entrada da safra brasileira, os preços ficaram mais competitivos, o que pode favorecer as exportações no segundo semestre.
Em junho, foram embarcadas 71,8 mil toneladas de arroz beneficiado (base casca), um aumento de 107% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em receita, houve incremento de 16%, para US$ 20,4 milhões.
“Tivemos uma ampliação significativa de embarques para Portugal, que figura como o quarto principal destino das exportações em junho, com 4,5 mil toneladas de arroz enviadas”, observou Trevisan. Os campeões em volume, no mês passado, foram Holanda, Senegal e Gâmbia.
As importações no primeiro semestre totalizaram 695 mil toneladas de arroz beneficiado (base casca), queda de 11,9%. Em valor, a retração foi de 38,9%, para US$ 212,5 milhões.
Em junho, foram importadas 112,3 mil toneladas (base casca), 4% mais que no mesmo mês de 2024. Em valor, as importações caíram 37,7%, para US$ 32,7 milhões.
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