Em seu despacho, já avalizado pela maioria da Primeira Turma do Supremo, Moraes endossou argumento da PGR de que há risco concreto de fuga de Bolsonaro. Encampou entendimento da PF de que, financiado pelo pai, Eduardo Bolsonaro atuou junto à Casa Branca para produzir instabilidade política e econômica no Brasil.
A PF, a PGR e Moraes identificaram na parceria, exposta em postagens dos envolvidos, indícios da prática dos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação e atentado à soberania.
Prevaleceu o entendimento de que o tarifaço de Trump é um sequestro econômico, cujo resgate teria que ser pago pelo Supremo, com o arquivamento do processo contra Bolsonaro.
Numa estocada em Trump, Moraes ecoou uma frase do ex-presidente americano Abraham Lincoln: “Os princípios mais importantes [de uma nação] podem e devem ser inflexíveis”.
Anotou que “é um princípio inflexível da Constituição brasileira a independência do Poder Judiciário.” Considerou inadmissível a tentativa de obter a “impunidade penal” de Bolsonaro “por meio de atos hostis derivados de negociações espúrias e criminosas de políticos brasileiros com Estado estrangeiro”.
O tiro de Trump saiu pela culatra.
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