Já enfraquecidos, os preços do boi gordo tiveram recuos mais intensos nesta semana, sob a indefinição das exportações para os Estados Unidos devido ao tarifaço de 50% imposto pelo governo Trump aos produtos brasileiros. Nesta sexta-feira (18/7), o escoamento da carne bovina estava lento e o volume de negócios diminuiu. Quem estava na ativa, comprava volumes menores, informa a Scot Consultoria.
Em todas as 32 praças pecuárias acompanhadas pela Scot, o preço do boi gordo ficou estável nesta sexta-feira. Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado pecuário, as cotações da arroba do boi gordo (R$ 300), da vaca (R$ 273) e da novilha (R$ 283) não mudaram em relação ao dia anterior. O preço do “boi China” caiu R$ 2, para R$ 302 a arroba. Todos os valores são referentes aos pagamentos a prazo.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços da carne também seguiram em baixa no atacado. No segmento de reposição, o ritmo de negócios e os preços também arrefeceram. “O interesse comprador se mostra baixo em todas as praças, com as escalas para a virada do mês”, destaca o Cepea.
Em relação aos confinamentos, cálculos do Cepea, em parceria com a DSM-Tortuga, mostram que a rentabilidade em julho deve ser um “empate” e agosto deve ficar negativo em cerca de 3%. Já em setembro e outubro, quando a queda recente nos custos de dieta entra no cálculo, a operação deve ter resultados positivos. Em setembro, o saldo pode ficar ao redor de 1% e, em outubro, de 4%.
Os cálculos levam em conta custos do mês em que os animais entram no confinamento e abate 105 dias após. O nível tecnológico é básico e, na entrada, os bois têm peso médio por volta de 375 quilos e, na saída, cerca de 540 quilos, com rendimento de 55%. Os dados referem-se à média de 11 Estados.
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