Grupo responsável por frente ampla de 22 prepara ato em defesa da soberania

O grupo responsável pela articulação da frente ampla nas eleições presidenciais de 2022 prepara um ato em defesa da democracia e da soberania do Brasil para o dia 15 de setembro, em São Paulo.

O que aconteceu

Ato do movimento Direitos Já! também quer discutir sobre eleições no Senado em 2026. A defesa pela democracia, tema inicial do evento, é o principal foco, segundo o sociólogo e coordenador geral do ato, Fernando Guimarães. “Os golpes à democracia não são tomados por um único golpe”, diz ele, que vê os últimos acontecimentos, como a tentativa de interferência de Trump no Brasil como uma agressão a soberania do Brasil.

Organização discute o evento desde fevereiro e pauta da soberania foi incluída após tarifaço dos Estados Unidos e pressão sobre Judiciário brasileiro. Guimarães ressalta, entretanto, que apesar da antecipação na organização, “não sabe exatamente o país que a gente vai encontrar no dia 15 de de setembro diante de todos esses ataques”. Após anunciar uma tarifa de 50% contra os produtos brasileiros, o presidente Donald Trump revogou o visto de ministros do STF e familiares.

Articulação da extrema direita pelo mundo fez organização do ato ficar em alerta por possíveis novos desafios. “O ataque a soberania nacional que vem sendo movido se tornou uma das principais preocupações”, afirma o coordenador geral. Com isso, o nome oficial do ato será “Dia Internacional da Democracia em defesa da democracia e da soberania nacional”. O evento será realizado no teatro Tuca, da PUC-SP.

Expectativa é reunir lideranças políticas internacionais e nacionais, além de artistas e entidades da sociedade civil. “É um ato que vai reunir a esquerda e a direita no mesmo palco, como sempre unimos, com objetivo de construir esse compromisso de responsabilidade com as eleições de 2026 e assegurar a defesa do nosso Estado Democrático de Direito“, disse o sociólogo.

O movimento Direitos Já! foi criado em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro. Em 2022, o grupo se posicionou contra a reeleição do então presidente e realizou um ato após o primeiro turno com a presença do então candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB) e do hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Eleições estratégicas para o Senado em 2026

Eleições no Senado estão entre as prioridades. “Nós já tínhamos feito essa análise [de falar sobre as eleições do Senado] desde o ano passado, mas a partir do momento que a extrema direita torna pública essa estratégica, precisamos também dar importância a essa preocupação”, afirma.

Durante ato na Paulista, Jair Bolsonaro (PL) manifestou o desejo de conseguir eleger a maioria do Congresso. O ex-presidente afirmou que se tiver metade da Câmara e do Senado vai mudar “o destino do Brasil” e que mandaria “mais que o presidente da República”.

O grupo político visa com isso avançar em temas como o pedido de impeachment de ministros do STF. Em coletiva da oposição na segunda (21), a senadora Damares Alves (Republicanos) afirmou que o impeachment de Alexandre de Moraes será a pauta da oposição no Senado. Reportagem do UOL mostrou que o discurso de Bolsonaro acende alerta para possível ruptura das instituições.

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