O Ministério da Agricultura atualizou para 284 o número de equinos mortos após o consumo de rações fabricadas pela empresa Nutratta Nutrição Animal. A atualização anterior, divulgada em 13 de julho, apontava 245 óbitos.
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Em comunicado, o ministério também disse que a Justiça revogou a autorização de retomada parcial da produção e vendas da Nutratta, que tem sede em Itumbiara (GO).
“Com a revogação, volta a valer a suspensão cautelar imposta pelo ministério, que proíbe a fabricação de rações para todas as espécies animais, até que a empresa comprove ao Mapa a correção de todas as irregularidades apontadas pela fiscalização, o que ainda não ocorreu até o momento”, disse a Pasta.
Ainda no comunicado, o ministério disse que as investigações indicam que a contaminação nas rações consumidas pelos animais ocorreu por falhas no controle da matéria-prima, que continha resíduos de plantas do gênero Crotalaria, conhecidas por conter alcaloides pirrolizidínicos, como a monocrotalina – substância altamente tóxica para os animais.
Essas substâncias não são permitidas na formulação de rações e só aparecem quando há uso indevido de matérias-primas proibidas ou contaminação de ingredientes autorizados. O consumo delas causa danos ao fígado, com efeitos que variam conforme a dose, o tempo de exposição e a condição do animal.
Por fim, o Ministério da Agricultura esclareceu que ainda aguarda os resultados de análises de outros lotes de ração produzidos e de lotes de matérias-primas envolvidas para definir os rumos da investigação.
Procurada pela reportagem para comentar o caso, a Nutratta não respondeu até a publicação desta nota.
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