Juiz desmente ex-assessor de Bolsonaro em interrogatório no STF sobre golpe

O juiz Rafael Henrique, que atua no gabinete do ministro Alexandre de Moraes no STF (Supremo Tribunal Federal), desmentiu o ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro Filipe Martins durante seu interrogatório nesta tarde.

O que aconteceu

Martins disse que é a única pessoa no estado do Paraná que precisa comparecer à Justiça. Ao afirmar isso ele foi interrompido pelo juiz auxiliar do gabinete de Moraes, Rafael Henrique, que está conduzindo o interrogatório dos réus do chamado núcleo 2 da trama golpista. Ele diz que cuida dos processos também do 8 de janeiro: “Há diversos réus… Aqui no Paraná. Ela comparece em toda semana”.

Proibido de dar entrevistas, Martins fala pela primeira vez sobre as acusações contra ele. Ele utilizou seu tempo para negar as acusações da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra ele, de que ele teria apresentado a minuta golpista a Bolsonaro e de que teria participado de reunião do ex-presidente com os comandantes das Forças.

Posso afirmar com total segurança que não só não tive contato com essa minuta antes como não tive durante este processo. Por isso, inclusive, a minha defesa tem insistido em chamar essa minuta de minuta fantasma.
Filipe Martins, réu no STF

Supremo realiza os interrogatórios dos réus dos núcleos 2 e 4 da trama golpista nesta manhã. Ao todo 13 réus devem ser ouvidos. Núcleo 2 é formado pelos servidores de segundo escalão da gestão Bolsonaro acusados de “gerenciar” ações golpistas, incluindo o plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do STF e a operação da PRF (Polícia Rodoviária Federal) para priorizar estados do Nordeste em blitze no segundo turno das eleições de 2022.

Audiências estão sendo realizadas por videochamada. No núcleo 1, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus ex-ministros, as sessões foram presenciais. Defesas dos acusados criticam agilidade do processo e falta de tempo para analisar todo o material que foi juntado na ação.

Os réus podem ficar em silêncio. Neste momento do processo, o juiz do caso, os advogados das partes e o Ministério Público Federal poderão fazer questionamentos a todos os réus. Cada um tem a oportunidade de se explicar e rebater as acusações da denúncia.

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