Professor pede desculpas a Justus e diz que guilhotina era metáfora

O professor Marcos Dantas, docente aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro, se retratou com Roberto Justus após ser ameaçado de processo pelo empresário.

 

Dantas teria escrito na rede social X o comentário “só guilhotina” em uma foto da filha caçula de Justus, de cinco anos, ostentando uma minibolsa luxuosa de R$ 15 mil. Após a repercussão do episódio, o professor escreveu: “era para ser e continua sendo uma simples metáfora.”

 

“Uma referência simbólica a um evento dramático, mesmo trágico, que marcou para sempre a história da humanidade: a revolução francesa. Qual a causa dessa revolução? Uma realidade de profunda desigualdade social, alimentando o radicalismo político”, escreveu o docente.

 

“Sr. Justus, nem de longe passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal ao senhor, sua esposa ou sua filha. Aos 77 anos de idade e vida realizada, felizmente sem motivos para complexos ou ressentimentos, sei muito bem, política e eticamente, que não resolveremos nossos graves problemas sociais, que o senhor certamente não ignora, através de violência social, muito menos individual”, continuou Dantas.

 

“Repito: não passou pela minha cabeça ameaçar sua família. Mas se, por obra desses incontroláveis fatores da internet, o post lhe chegou a conhecimento e lhe causou tantas e compreensíveis preocupações, peço sinceramente que me desculpe”, concluiu.

 

Na última segunda-feira (7), a UFRJ se posicionou dizendo que não é responsável pelo que o professor escreve em suas redes sociais.

 

LUTA DE CLASSES

 

Em seu posicionamento, Justus, ao lado da esposa, Ana Paula Siebert, culpou a “luta de classes” pela onda de ódio na internet. “Não é querendo que o outro não tenha que você vai ter”, disse.

 

“Essa luta de classes em que o Brasil está se transformando… Toda sociedade tem a classe alta, a classe média e a classe baixa. Nós, empresários, fazemos o possível para gerar oportunidade para que esse desequilíbrio social se resolva. Não é nossa culpa se a gente vai atrás, se a gente luta, se a gente consegue as coisas”, falou Justus.

 

“Fazer sucesso, ganhar dinheiro no Brasil… Não tem que gerar esse tipo de reação desproporcional e descabida. A gente nunca ligou para críticas, mas dessa vez vamos atrás dos nossos direitos, não vou aceitar ameaça à minha família”, completou.

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