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Defesa de empresário afirma que ex-jogador estaria se apropriando de Amarok, terreno e R$ 70 mil: ‘atuando como conciliador’
Idirley ficou foragido desde o dia do crime e se apresentou somente hoje às autoridades. Ele deixou a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) após prestar depoimento sobre o assassinato e foi levado ao Fórum de Cuiabá para audiência de custódia.
O acusado entrou na viatura em silêncio, sem responder aos questionamentos dos jornalistas. Segundo o delegado Caio Albuquerque, responsável pelo caso, Idirley negou qualquer motivação ligada a ciúmes e afirmou desconhecer qualquer envolvimento amoroso entre Everton e sua ex-mulher, de quem está separado há cerca de seis meses.
“É uma versão dele. Ele diz que a motivação não seria passional, mas uma extorsão praticada pela vítima. Vamos apurar essa linha, entender em que consistiria essa suposta extorsão, quais valores estariam envolvidos e se há outras pessoas nessa situação. A gente vai verificar se tem alguma plausibilidade nesse argumento de extorsão, ou se é apenas uma versão isolada dele”, afirmou o delegado em coletiva de imprensa.
Em decisão proferida durante o plantão de sábado (12), o juiz Jean Garcia havia ordenado buscas e a prisão de Idirley, anotando que a detenção do empresário seria necessária para colheita de provas, para o regular trâmite do inquérito, bem como porque ele fugiu do local dos fatos.
O juiz também destacou o perigo da liberdade de Idirley, que premeditou o assassinato de Everton, motivado por ciúmes, o executando com recurso que impossibilitou sua defesa, em via pública, também colocando em risco a vida de terceiros.
Os fundamentos foram endossados pela juíza da custódia. Defesa do réu já move pedido pela revogação da prisão preventiva, sob argumento de que ele é primário e se apresentou espontaneamente. Ainda não há uma decisão sobre o requerimento de liberdade.
Testemunhas relataram que, após abandonar a caminhonete em que cometeu o crime, ele teria fugido a pé e entrado em outro veículo – informação que está sendo apurada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo o delegado Rogério Gomes, o crime foi premeditado e motivado por ciúmes, já que Idirley suspeitava que Everton mantinha um relacionamento com sua ex-mulher, de quem estava separado havia mais de seis meses. No entanto, de acordo com a Polícia, a vítima apenas tentava intermediar a relação do casal, inclusive após a mulher ter solicitado uma medida protetiva contra o empresário.
“Acreditando que estaria havendo algum tipo de relacionamento afetivo entre a sua ex-mulher e esse amigo, ele armou toda essa cilada, esse ato de violência contra ele”, disse o delegado.
No dia dos fatos, a investigação aponta que Everton acreditava estar apenas fazendo um favor ao suspeito, ao ajudá-lo a levar a VW Amarok até um determinado local. No trajeto, Idirley teria pedido para a vítima parar o carro sob o pretexto de pegar algo no banco traseiro. Nesse momento, sacou uma arma e efetuou os disparos.
Everton foi encontrado morto dentro da caminhonete, na Avenida República do Líbano, capital. Ainda não está claro se o veículo bateu antes ou depois dos tiros — há indícios de que a colisão possa ter sido provocada pela vítima, já ferida, na tentativa de escapar.

Juíza mantém prisão de empresário acusado de assassinar ex-jogador de vôlei em Cuiabá
O empresário Idirley Alves Pacheco, apontado como o autor do assassinato de Everton Fagundes Pereira da Conceição, ex-jogador de vôlei de 46 anos, ocorrido na noite de quinta-feira (11), em Cuiabá, teve a prisão temporária mantida por ordem da juíza Edna Ederli Coutinho, proferida durante audiência de custódia realizada nesta segunda (14).
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