BRASÍLIA – Uma série de erros da defesa, faltas de depoentes e decisões do ministro Alexandre de Moraes esvaziaram a audiência de oitiva das testemunhas arroladas pelo ex-assessor especial da Presidência Filipe Martins.
Martins elencou 21 pessoas para prestar depoimento nesta quarta-feira, 16, mas apenas uma delas, o general e ex-ministro Edson Gonçalves Dias, compareceu. O militar, no entanto, não prestou depoimento como testemunha do ex-assessor.
Na lista de pessoas a serem ouvidas havia nomes como o do deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Além das faltas, Moraes indeferiu os depoimentos de 11 testemunhas, incluindo Van Hattem e Girão, por compreender que não havia pertinência com os fatos analisados na ação penal. O ministro mencionou, por exemplo, que o senador Girão já manifestou em outras ocasiões não ter conhecimento sobre o ocorrido.
Os advogado de Martins arrolaram como testemunhas quatro parlamentares, oito embaixadores e um delegado da Polícia Federal (PF), dos quais nenhum compareceu. A defesa alegou não ter tido tempo hábil para confirmar a presença dos depoentes e pediu para remarcar os depoimentos.
Apenas o delegado Fabio Shor, o ex-comandante Freire Gomes, a embaixadora Stella Burda, Mateus Gomes e os deputados Helio Lopes (PL-RJ) e Eduardo Pazuello (PL-RJ) foram autorizados a prestar depoimento em outra data até o dia 21 deste mês.
A defesa ainda desistiu das oitivas de Carlos Batista Junior (Aeronáutica), Fernanda Januzzi, Rogério Marinho (PL-RN), Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Yossi Shelley, Rotyslav Tronenko e Salem Alzariam Alsuwaidi.
A equipe de Martins aceitou incluir nos autos os depoimentos já prestados pelo ex-comandante da Aeronáutica como testemunha de outros réus.
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