Pivetta diz que vai conversar com Jayme Campos sobre possível apoio em 2026: ‘no momento certo’

O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) afirmou, nesta quarta-feira (15), que pretende pedir o apoio do senador Jayme Campos (União Brasil) para a sua pré-candidatura ao governo de Mato Grosso referente às eleições de 2026. A declaração foi dada mesmo após o senador oficializar, durante reunião no Palácio Paiaguás, na segunda-feira (14), sua intenção de entrar na disputa pelo Palácio Paiaguás.

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Pivetta afirmou que mantém diálogo frequente com Jayme e disse respeitar a trajetória do senador. “O senador Jayme é meu vizinho. A gente conversa seguido. É uma pessoa que eu respeito muito. Nesse mandato de Senado ele tem sido brilhante em defesa dos interesses do Estado. Não temos nada contra. Vamos ver lá na frente essa questão de candidatura aí”, declarou à imprensa.
Apesar de considerar que ainda não é o momento de definir candidaturas, o vice-governador sinalizou que quer manter o canal aberto com o correligionário. “Nós estamos conversando. Eu conversei com Jayme, converso com ele seguido. Não é o momento ainda. No momento certo, nós vamos conversar sobre candidatura”, reforçou.
A declaração de Pivetta ocorre após a alta cúpula do União Brasil se reunir com o governador Mauro Mendes (União). Na ocasião, segundo o deputado estadual Eduardo Botelho (União), Jayme formalizou sua pré-candidatura ao governo do Estado e recebeu sinal verde do governador para articular sua viabilidade. Ainda conforme Botelho, Mendes reafirmou que sua preferência pessoal segue sendo por Pivetta, mas que o partido ainda não tem um nome oficial.
Com o movimento, o grupo político que comanda o Executivo estadual agora conta com dois pré-candidatos colocados: Jayme Campos e Otaviano Pivetta. A definição sobre quem será o nome do grupo deve passar, ainda, pela decisão de Mendes sobre deixar ou não o cargo em 2026 para disputar uma vaga ao Senado — decisão que, segundo aliados, será tomada nos próximos três a quatro meses.
Caso o governador renuncie, Pivetta assume o comando do Estado e fortalece sua posição como sucessor natural. Por outro lado, a movimentação de Jayme Campos é vista nos bastidores como uma reação ao jantar político realizado por Pivetta com o ex-governador Blairo Maggi, o empresário Eraí Maggi e o deputado federal Marcos Pereira (Republicanos), em que o vice foi lançado como nome de consenso do grupo ligado ao agronegócio.
A disputa interna tende a se acirrar nos próximos meses e tem como pano de fundo a tentativa de construção de uma candidatura única capaz de enfrentar o bolsonarismo, que já tem o senador Wellington Fagundes (PL) como pré-candidato praticamente consolidado.

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