Resumo
Alckmin defendeu o sistema Pix, destacou a urgência na negociação sobre tarifas comerciais impostas pelos EUA e criticou os impactos das medidas sobre ambos os países, enfatizando o diálogo para revisão das alíquotas.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, defendeu o sistema Pix nesta terça-feira, 16 e afirmou que o Brasil busca negociações urgentes sobre as tarifas comerciais impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump.
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Após encontro com representantes do agronegócio, indústria e da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), o ministro destacou que o governo quer trabalhar unido com os empresários e que os setores defendem a negociação e a revisão das alíquotas. “Questões políticas não devem estabelecer precedente em temas tarifários”, afirmou Alckmin, citando o posicionamento das entidades empresariais.
Em coletiva de imprensa, Alckmin afirmou que o Brasil ainda aguarda resposta dos Estados Unidos sobre a proposta de negociação enviada, em caráter confidencial. O ministro detalhou que um novo documento foi assinado em conjunto com o chanceler Mauro Vieira e entregue ao secretário americano Howard Lutnik, reforçando a necessidade de diálogo.
Ele também afirmou que há contradição na política comercial dos EUA, lembrando que o Brasil é o segundo maior superávit comercial americano, e que empresas brasileiras exportadoras geram milhões de empregos no país.
Alckmin citou ainda o histórico de multinacionais americanas no Brasil, como a General Motors, Johnson & Johnson e Caterpillar, argumentando que as tarifas prejudicam ambos os lados. “Se cai o comércio, eles vão perder. Não tem lógica”, declarou.
Sobre a investigação comercial aberta pelos EUA e os argumentos do país, Alckmin afirmou que o Brasil está preparado para responder, que o desmatamento no Brasil está em queda, que o Pix é um “sucesso” e minimizou a medida. “Não é a primeira vez que é feita uma abertura de investigação. Isso já foi feito anteriormente. O Brasil respondeu e o assunto foi encerrado”, afirmou.
O vice-presidente enfatizou a urgência em resolver a questão tarifária “nos próximos dias”, mas se mostrou aberto a prorrogações se necessário para alcançar um acordo. Ele alertou sobre os impactos das tarifas para os consumidores americanos, que poderão enfrentar aumento nos preços de produtos como café, suco de laranja e carne.
“Nós queremos negociação, é urgente, o bom é que se resolva nos próximos dias. Se houver necessidade, nessa negociação, de prorrogar, eu não vejo problema”, destacou ele.
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