Lula encontra sobreviventes de acidente de ônibus antes de ato da Une em GO

O presidente Lula (PT) se encontra hoje com um grupo de sobreviventes de um acidente com um ônibus de estudantes da UFPA (Universidade Federal do Pará) que deixou cinco mortos na madrugada de ontem.

O que aconteceu

O encontro ocorre a portas fechadas, nos bastidores do 60º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), em Goiânia. O ônibus seguia para este evento na BR-153, quando colidiu com uma carreta que invadiu a contramão.

O acidente aconteceu na cidade de Porangatu, a 400 quilômetros da capital de Goiás. Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o caminhão avançou contra um comboio da universidade, ao entrar na pista contrária, e bateu de frente com o primeiro ônibus.

Três alunos morreram. Além deles, o motorista do ônibus e o motorista da carreta envolvida no acidente também morreram. O acidente aconteceu às 4h36 e a via foi liberada às 9h20, segundo a Ecovias Araguaia, que administra a pista.

Soberania: a nova pauta

O tema do congresso da UNE está diretamente alinhado com o governo. “O Brasil se une pela soberania”, expõe o telão, na mesma pegada propagada pela Secom (Secretaria de Comunicação) de Lula contra as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, e bandeirinhas do Brasil foram distribuídas junto a flâmulas da organização.

“Ah-ah, uh-uh, o Brasil é nosso”, gritam os estudantes. “Eu nunca vi tanta bandeira do Brasil assim em um ato da UNE”, falou rindo a estudante Maria Elisa. O presidente norte-americano, Donald Trump, também foi alvo de protestos.

Muitos estão de verde e amarelo e com camisas da seleção brasileira de futebol. Lula e o governo têm se aproveitado do embate com Trump para trazer a pauta patriótica, ligada ao bolsonarismo nos últimos anos, para mais perto de si.

Os gritos dos movimentos endossavam pautas do governo, com taxação de grandes fortunas e diminuição da jornada de trabalho. “A 6×1 tem que acabar, eu não nasci para morrer de trabalhar”, gritaram os estudantes.

Lula demorou a entrar na pauta da jornada. A mudança na escala ganhou força na Câmara pelo PSOL, com pouco envolvimento do PT e do governo, mas foi ganhando força e hoje é defendida pelo presidente nos discursos.

Mas o principal canto foi voltado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Sem anistia e sem perdão, eu quero ver o Bolsonaro na prisão”, cantaram os estudantes no começo, durante e após a chegada de Lula. Nesta semana, a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a condenação do ex-presidente por cinco crimes. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), também foi alvo de vaias.

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