Milho cai em Chicago pressionado por pespectiva de aumento na oferta

Em momento de forte pressão de oferta de milho, os preços não encontram espaço para reagir na bolsa de Chicago. No fechamento desta terça-feira (22/7), os lotes para dezembro, os mais negociados, caíram 1,01%, a US$ 4,18 o bushel.

Até o momento, a indicação é de que os produtores americanos colherão uma grande safra em 2025/26, estimada em 399 milhões de toneladas pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Ontem o Departamento disse que 74% da safra no país que já foi semeada está em condições boas ou excelentes. E os mapas de clima que indicam chuva para os próximos dias devem melhorar ainda mais esse quadro para as plantações.

Em outra ponta, a produção brasileira, especialmente de milho segunda safra, avança internamente e joga mais pressão de oferta no mercado. A colheita chegou a 55,5% da área esperada para 2024/25. Apesar do atraso em relação aos 79% colhidos um ano antes, o tempo firme da última semana proporcionou um avanço de mais de dez pontos percentuais nos trabalhos a campo.

“Com a produção total estimada pela maioria das consultorias privadas em cerca de 136 milhões de toneladas, o mercado acredita que o Brasil liderará as exportações do milho no próximo trimestre”, destaca, em boletim, a consultoria Granar.

O trigo fechou a sessão na bolsa de Chicago com preços em alta após dados considerados pessimistas para o desenvolvimento da safra nos EUA. Os contratos para setembro subiram 1,34%, a US$ 5,4950 o bushel.

A piora para as condições de lavouras de trigo americanas puxou o movimento de alta. O Departamento de Agricultura dos EUA reduziu ontem de 54% para 52% o índice de lavouras em boas e excelentes condições, enquanto analistas de mercado esperavam um percentual de 55%.

Além disso, a colheita de trigo de inverno está atrasada, com 73% da área, em comparação com os 75% colhidos nessa mesma época do ano passado.

A soja teve uma sessão de preços mais baixos em Chicago, em meio a manutenção das condições climáticas favoráveis para as lavouras nos EUA. Os lotes para agosto caíram 0,47%, a US$ 10,1025 o bushel.

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