A articulação feita por Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo nos Estados Unidos a favor do tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil é condenável, disse Eduardo Leite (PSD), governador do Rio Grande do Sul, em entrevista ao UOL News hoje.
O que a família Bolsonaro, incluindo o ex-presidente e o deputado Eduardo nos Estados Unidos, fez em relação à articulação para a imposição dessas tarifas é absolutamente imperdoável. Colocar o país para ter um sacrifício enorme das empresas e dos empregos em função de um interesse pessoal não pode ser admitido.
Naturalmente, a tentativa de interferência de outro país em nossa soberania a partir dessas tarifas como uma sanção também não pode ser admitido.
De outro lado, também não podemos ignorar que o presidente Lula tem tido manifestações recorrentes ao longo de sua trajetória de alinhamento a ditaduras de países que não são democráticos e muitas vezes de um discurso antiamericano, o que fragiliza essa relação com um parceiro comercial importante que temos historicamente.
Esse pragmatismo que é fundamental nas relações nas quais sempre fomos protagonistas e com capacidade de interlocução internacional é que precisa reger esta relação. Eduardo Leite (PSD), governador do Rio Grande do Sul
Leite defendeu uma negociação pragmática entre Brasil e EUA, sem que o governo federal ceda à pressão em torno do julgamento de Jair Bolsonaro.
Lula é o presidente da República e precisa conduzir de alguma forma, trazer essa discussão mesmo que ela comece com esse fator tão difícil de ser superado, que é a tentativa de interferir em um processo interno nosso.
Terá que sentar-se à mesa, abrir um canal de comunicação pelos meios possíveis e buscar identificar com os EUA as outras demandas em relação ao Brasil, para que possamos estabelecer uma negociação comercial ou de ações, como foi o caso do México.
Ceder, do ponto de vista institucional, no que diz respeito ao processo do ex-presidente não é o caso. Mas terá que identificar outros temas e trazê-los para a negociação para esse ambiente. Eduardo Leite (PSD), governador do Rio Grande do Sul
Não temos condições de anular efeitos de tarifaço, diz governador do ES
O Espírito Santo é o estado do Brasil mais aberto para a economia internacional. Aqui, o PIB do comércio internacional é proporcionalmente mais relevante comparado ao PIB total. Qualquer atividade que afete a exportação atingirá o emprego. Nosso trabalho de forma organizada junto ao setor produtivo está na busca de preservar o emprego.
Nós não temos condições de anular completamente os efeitos [do tarifaço], até porque as consequências são intensas. Um estado organizado como o nosso tem condições de reagir minimamente, seja para fazer crédito com juro menor ou promover algum incentivo tributário para dar algum apoio aos trabalhadores. Renato Casagrande (PSB), governador do Espírito Santo
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