Clima favorece trigo na Argentina

Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), a semeadura do trigo na Argentina entrou na fase final, alcançando 91% da área estimada de 6,7 milhões de hectares. O avanço semanal foi de 12,7 pontos percentuais, com destaque para regiões que apresentavam atraso por excesso de umidade no solo. As temperaturas mais altas nos últimos dias favoreceram a emergência e o início do desenvolvimento vegetativo, com lavouras do centro e norte do país já entrando na fase de macollagem. As chuvas recentes, especialmente entre San Luis e o centro de Buenos Aires, melhoraram as reservas hídricas após as geadas anteriores.

No caso da cevada, a semeadura já cobre 80% da área prevista de 1,3 milhão de hectares para a safra 2025/26, após um avanço de 29,2 pontos percentuais nas últimas duas semanas. Apesar de um atraso de 13 pontos percentuais em relação ao ano anterior — devido à dificuldade de acesso ao solo em algumas regiões — os trabalhos seguem mais acelerados no sudoeste de Buenos Aires e sul de La Pampa. Nesses locais, 83% da área já foi semeada e cerca de 66% das plantas emergiram com boa implantação. No sudeste de Buenos Aires, 58% das lavouras emergiram, também com bom estabelecimento, apesar das baixas temperaturas.

A colheita de milho para grão avança com ritmo satisfatório no centro e norte da área agrícola argentina. Até o momento, 70,4% da área total já foi colhida, superando em 7 pontos percentuais a média dos últimos cinco anos (2019/24). O rendimento médio nacional é de 74,7 sacas por hectare. No NEA, os resultados são irregulares: enquanto o centro-leste de Santiago del Estero apresenta bons rendimentos, na província do Chaco os números estão abaixo do esperado, refletindo adversidades climáticas. Em Córdoba, a colheita atingiu 67,8% da área apta, com produtividade média de 73,9 sacas/ha.

Na província de Buenos Aires, o desempenho varia conforme a região. No oeste, 77,1% da área já foi colhida; no centro, há atrasos, com apenas 61,5% de avanço. Mesmo assim, os rendimentos giram em torno de 75 sacas por hectare, alinhados com a média dos últimos cinco anos. A projeção de produção nacional permanece em 49 milhões de toneladas, uma queda de 2,6 milhões de toneladas em relação à safra anterior.
 



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